segunda-feira, maio 24, 2010


DE GOIÂNIA ATÉ HIDROLANDIA
PELO RIO MEIA PONTE


Cleber, Ernesto e Castilho

A cada folga, final de semana ou feriado, o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é "vamos descer o rio". Depois de tudo planejado lá estamos nós nas águas do rio que corta nossa capital, do qual nos orgulhamos ter, apesar dos inúmeros cuidados que ele precisa ter de todas as pessoas.

Vale das Pombas

Saimos do ponto utilizado por mim e pelo Hugo anos atrás, da ponte próxima ao Vale das Pombas. O lugar é bonito e conta com uma pequena cachoeira formada no encontro de um pequeno córrego com o rio.

A pequena cachoeira

Pneus jogados no leito do rio.

É impressionante a quantidade de lixo nas águas, mas o que mais nos chamou a atenção foi o número de pneus nas margens. Com a diminuição do nível das águas no período da seca, todo o lixo que antes estava submerso começa a aparecer. A imagem acima é uma constante nas proximidades do perimetro urbano.



Saimos de Goiânia as 9 horas da manhã. A distância a ser percorrida seria de 53km.


O rio oferece visões surpreendentes, como esta formação rochosa na margem esquerda. Com mais de 8 metros de altura, forma uma espécie de caverna próximo da linha d'água. Ficamos ali por aproximadamente uns dez minutos, apreciando a beleza do local. Percebemos nascentes que escorrem pela rocha. O local é habitado por pequenos morcegos.

Águas cristalinas escorrendo pela rocha

Pausa para descanso na formação rochosa

Cleber e Ernesto observando as pegasdas na areia de uma pequena praia do afluente.

Na subida de um dos afluentes do rio, em sua margem direita, nos deparamos com pegadas que tudo indica ser de onça.


Um sério problema. De Goiânia até Hidrolandia contamos a existência de 12 dragas de areia. A área próxima a elas está bem danificada e o assoreamento do rio pode ser sentido até mesmo com os leves caiaques.



Um dos momentos mais agradáeis de nossa viagem foi o prazer de poder tentar subir o rio Caldazinha, com suas águas limpidas e forte corredeira. Nas proximidades encontramos muitos pescadores. Os peixes na região podem ser percebidos através dos pulos que eles dão para fora da água, próximos dos caiaques.



Devido as pausas para descanso, explorações de afluentes e alguns contratempos, acabamos demorando mais do que previamos. A viagem, que segundo nossos planos deveria terminar por volta das 17 horas, acabou acontecendo na "boca da noite". Pude assim saciar a minha vontade de remar durante a noite, experiência que não quero repetir. A visão é quase nula e o risco de chocar com pedras ou galhos submersos é grande. O barulho de água batendo em rochas nos deixa apreensivo.


Breu total.


Conseguimos chegar na ponte que liga o município de Hidrolandia ao de Bela vista por volta das 18 horas e quarenta minutos.

Como vem sempre acontecendo nas aventuras anteriores, desta vez tivemos a participação de mais um convidado, Cleber, que ficou tão empolgado ao ponto de dizer que irá comprar um caiaque para realizar outras viagens como esta. É isso que queremos. Quanto mais pessoas praticando o mesmo esporte que nós, mais pessoas se conscientizaram da necessaidade de cuidar de nossas águas. Quem ainda não se sensibilizou é porque não conhece o problema (que é uma realidade).

Alguém mais se habilita para nos acompanhar na próxima aventura?