Após dez dias trabalhando no FICA, eis-me de volta ao blog.
Em breve voaltarei com as postagens diárias. Segue abaixo o resultado de mais um Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental:
UM LADO NEGATIVO DO FESTIVAL
Durante os dez dias que estive na cidade de Goiás, pude constatar alguns problemas que parece não preocupar as autoridades locais, um deles é a poluição do Rio Vermelho, que recebe esgoto sem tratamento de pequenos afluentes que cortam a velha cidade. Em um fórum que participei, disseram que está sendo criado o Comitê da Bacia do Rio Vermelho, que resolverá esse e outros problemas do manancial. O meu medo é que aconteça o mesmo que está acontecendo com o rio Meia Ponte aqui de Goiânia... o comitê existe mas não faz nada, nem mesmo tem uma sede própria.
Várias luzes que iluminam as ruas da velha cidade ficaram ligadas o dia inteiro. Vários postes estão sem lâmpadas ou queimadas. Em muitos prédios públicos, onde aconteceram eventos, as lâmpadas ainda são incandescentes e não foram substituídas por lâmpadas econômicas (florescentes).
Várias luzes que iluminam as ruas da velha cidade ficaram ligadas o dia inteiro. Vários postes estão sem lâmpadas ou queimadas. Em muitos prédios públicos, onde aconteceram eventos, as lâmpadas ainda são incandescentes e não foram substituídas por lâmpadas econômicas (florescentes).
Mas o maior problema que pude constatar foi em termos de segurança. A polícia militar local não está preparada para lidar com turistas. Em várias ocasiões pude constatar agressões verbais, truculência e intransigência por parte dos soldados. Em uma ocasião, quando um veículo de Brasília tentou entrar por uma rua (possivelmente o motorista não viu a placa proibindo aquela manobra), um soldado gritou de maneira grosseira: "Não está vendo a placa aí não?"... acho que seria mais correto dizer, 'Senhor, não é permitido passar por essa rua nesse sentido', mais gentil ainda seria se ele complementasse, 'O senhor pode acessar a região subindo pela rua tal". Turistas precisam de orientação e não de recriminação.
O pior de tudo é que a POLÍCIA MILITAR local parece fechar os olhos para os usuários de drogas. Eu, que não sou da cidade, consegui identificar três sujeitos com pinta de traficantes na área dos shows. Será que a polícia local não está preparada para identificar e reprimir o tráfico na cidade durante tais eventos? Será que é mais fácil fazer um cordão isolando a área dos shows e deixar a 'coisa' rolar solta (como foi o caso)?
Para quem quiser saber um pouco mais sobre o Festival, acesse:
Bicicletas de Nhanderu, de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira, PE
2- Troféu Carmo Bernardes melhor longa mais RS 35.000,00
Os Guerreiros do Arco-iris da Ilha de Waiheke, de Suzanne Raes, produção holandesa.
3- Troféu Jesco Von Puttkamer melhor média mais R$ 25.000,00
O Desejo da Vila de Changhu, de Xia Chenan, produção chinesa.
4- Troféu Acari Passos e R$ 25.000,00 melhor curta
Pólis, de Marcos Pimentel, de Minas Gerais.
5- Troféu José Petrillo mais R$40.000,00 foi para TamanduAbandeira, de Ricardo Podestá.
6- Troféu João Bennio mais R$40.000,00 foi para Teia do Cerrado, de Uliana Duarte.
7- Troféu Bernardo Élis mais RS 25.000,00. A melhor Série Ambiental para TV
Consciente Coletivo, de Lúcia Araújo e Pedro Iuá.
8- Premio Luiz Gonzaga Soares júri Popular troféu mais RS 10.000,00
Lixo Extraordinário, João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker.
Lista dos Premiados – 9ª Mostra ABD
Menção Honrosa:
Ao filme Airábeji de Xangô, direção de Frederico Mael – Pela desmistificação e desconstrução do preconceito sobre as religiões de matriz afro-brasileira;
Ao ator: Mateus Aluísio, do filme Verde Maduro, direção de Simone Caetano – Pelo desempenho como ator mirim e como estímulo;
Ao filme Ozorinho, O Poeta da Imagem, direção de Cássia Queiroz – Pela importância do personagem, de sua pesquisa e pela sensibilidade da diretora no tratamento do filme e valorização do “saber popular”;
Aos filmes: Trombas e Formoso: Memórias de Uma Luta, direção de Coletivo Magnífica Mundi e Renova a Esperança, direção de Tatiana Scartezini, Kamyla Maia e Boris Carlos García – Pela importância do registro e pelo resgate das lutas sociais.
1- Melhor Roteiro, Rafael de Almeida pelo filme Talvez Seja o Vazio
2 – Melhor Trilha Sonora Original, Dênio de Paula pelo filme O Ogro
3 – Melhor Som, Dênio de Paula pelo filme O Ogro
4 – Melhor Montagem/Edição, Aline Nóbrega e Murilo Bueno pelo filme Enquanto , direção de Larissa Fernadez
5 – Melhor Direção de Fotografia, Naji Sidki pelo filme Marcas D’água
6 – Melhor Atriz, Cida Mendes pelo filme Verde Maduro, direção de Simone Caetano
7 – Melhor Ator, Hélio Froés pelo filme Verde Maduro, direção de Simone Caetano
8 – Premio José Petrillo de Melhor Filme Experimental, Sendai , direção de Cláudia Nunes e Érico Rassi
9 – Prêmio Fifi Cunha de Melhor Animação, O Ogro, direção de Marcio Jr. e Marcia Deretti
10 – Prêmio Eduardo Benfica de Melhor Documentário, Diga 33, direção de Ângelo Lima
11 – Prêmio Beto Leão de Melhor Ficção, Verde Maduro , direção de Simone Caetano
12 – Melhor Direção, Marcio Jr. e Marcia Deretti pelo filme O Ogro
Confira mais fotos da premiação no link: http://www.fica.art.br/noticias/fotos-da-premiacao-do-xiii-fica/
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