domingo, abril 15, 2007

Aviso aos "marinheiros de primeira viagem" em navegação de blog: Na coluna à direita aparece o nome de alguns meses e anos - clique neles para visualizar artigos mais antigos.

REDESCOBRINDO O MEIA PONTE 
Goianienses navegam por trecho entre a capital e o Lago da Usina Rochedo e constatam que, apesar do lixo e das dragas, o rio ainda é uma boa opção de lazer 
(Publicado no Jornal Tribuna do Planalto – edição de 23 a 29 de maio de 2004)
por Marco Aurélio Vigário

Eu, Gioveroni e Ronilson - em nosso ponto de partida. 

  Uma canoa, dois remos e uma barraca de acampamento. Com essa infra-estrutura básica, o comerciante Paulo Castilho, 38 anos, e o digitador Ronilson Marques, 34, decidiram percorrer os 130 quilômetros do trecho entre Goiânia e o Lado da Usina Rochedo, próximo ao municipio de Professor Jamil. Na bagagem, suprimentos para uns poucos dias de viagem e o desejo de conhecer o rio que povoa o imaginário goianiense: o Rio Meia Ponte. A idéia surgiu em outubro de 2003, quando foi inaugurada a Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia. Uma das promessas da obra é despoluir gradualmente o Meia Ponte, que já chegou a ser chamado de “esgoto a céu aberto”, por ser utilizado como escape do esgoto e do lixo da capital. “Quando comentávamos nossa idéia com alguém, havia sempre o espanto: ‘No Meia Ponte!’ Queriamos mudar essa imagem”, conta Paulo Castilho. A saida foi marcada para o dia 23 de abril, uma sexta-feira, e na data combinada lá estavam eles na ponte da GO-020, que liga Goiânia ao municipio de Bela Vista. Os dois amigos remaram cerca de oito horas por dia, a uma velocidade média de 8 km/h. Precisaram se preocupar menos com o esgoto do que com o lixo plástico. Entre os curiosos objetos que também passeavam pelo rio estavam cadeiras, garrafas pet, utensílios domésticos, pára-choques de automóveis e até tanquinhos de lavar roupa. É bom lembrar que uma garrafa plástica demora pelo menos 450 anos para se decompor na natureza. Pior que o lixo são as dragas, que extraem areia do leito do rio. Em um trecho de 130km, Paulo Castilho e Ronilson Marques encontraram nada menos que seis pontos de dragagem. “São nesses locais que se nota uma maior degradação das margens: mata ciliar destruída, desmoronamento dos barrancos e alargamento do leito”, denuncia Castilho. Mas nem só de más noticias vive o Meia Ponte. Os dois aventureiros chegaram ao Lago do Rochedo no domingo, 25, às 12h30m. Acima de tudo, estavam fascinados pela fauna avistada na região – pássaros, capivaras e cágados. A conservação das margens e as paisagens deslumbrantes são outros pontos destacados por Paulo Castilho. “Em alguns momentos, a gente até esquece que está sobre um rio descartado pela população de Goiânia”, lembra.

Colocando o barco na água. 

  UM RIO À DERIVA 
por Paulo Castilho 

(Especial para a Tribuna do Planalto) Quando tivemos a idéia de descer o rio, fomos em busca de informações. Procuramos o Ibama, na esperança de conseguir mapas hidrográficos ou qualquer outro tipo de informação. Mas o que constatamos foi uma desinformação total entre os funcionários que nos atenderam. Ninguém sabia se o material sequer existia. Acho até que duvidaram que desceriamos mesmo o rio. Após muito empurra-empurra, perguntamos se era preciso alguma autorização para fazer a descida. O funcionário nos informou que seria preciso pagar uma taxa no valor de R$ 60, para obter uma licença de Pesca Embarcada. Depois de tantas informações desencontradas, os funcionários do Ibama resolveram nos jogar para a Agência Goiana de Meio Ambiente e Recursos Naturais, onde talvez conseguissemos alguma coisa. Há possibilidade de pesca rio abaixo e, para aqueles que querem praticar o esporte, é preciso pagar a Licença para Pesca Amadora – obrigatória para todo pescador que utiliza molinete ou carretilha ou pesca embarcado. O menor de 18 anos está dispensado do pagamento da taxa, assim como o aposentado maior de 65 anos (60, no caso de mulheres) Ronilson e Paulo Castilho, prontos para a aventura. 

CONTROLE 
O licenciamento é a forma que os governos federal e estadual dispõem para controlar a exploração dos recursos pesqueiros. Serve também para arrecadar recursos para a implementação de planos de gerenciamento e fiscalização do meio ambiente. A partir do momento que se tiver certeza que as verbas estão sendo usadas de maneira correta e para o seu devido fim, o pagamento se tornará um prazer. Não pagamos a taxa porque o nosso objetivo não era a pesca e sim conhecer o rio. Dificil seria pagar e constatar que o rio está sendo depredado pelas dragas de areia – e não pela pesca ilegal. Pior ainda é constatar que durante todo o trajeto não existe um só fiscal do órgão. 

AGRADECIMENTOS 
Nossa aventura teve o importante apoio de duas pessoas, Gioveroni Limongi (Goiânia) e Renor (Rochedo), que nos cederam suas propriedades como pontos de partida e chegada. Fica aqui o nosso agradecimento. 

SAIBA MAIS 
O Rio Meia Ponte nasce na Serra dos Brandões, a uma altitude de 983 metros, na divisa dos municipios de Taquaral de Goiás e Itauçu, localizado a 60 quilometros da capital. Tem 471,6 quilometros de extensão. Deságua no Rio Paranaíba, próximo a Cachoeira Dourada e à divisa com o Estado de Minas Gerais. A bacia hidrográfica do Meia Ponte ocupa cerca de 4% da área do Estado, abrangendo 38 municipios e aproximadamente dois milhões de pessoas. Em junho de 2003, técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, ao analisar fotos de satélite, descobriram cinco importantes nascentes do Rio em Taquaral de Goiás. 

CONVITE 
Estamos preparando uma nova descida pelo rio, completando o trajeto até Aloandia. Nossa última aventura terminou na ponte do municipio de Pontalina. Assim que começarem as chuvas, período em que as pedras estarão encobertas, retomaremos nossa aventura, saindo desta vez de onde paramos (da ponte) até Aloandia. O percurso é curto e o faremos em um período de dois dias, aproveitando para estudar ao máximo seus afluentes e condições de margens. Os interessados devem entrar em contato conosco – hqpoint@hotmail.com

Ronilson, contemplando a beleza natural da região de Hidrolandia. 
  (Observação: leia outros artigos sobre o rio nos ‘posts’ anteriores.)

Nosso segundo acampamento, abaixo da ponte de Piracanjuba.

Ronilson e eu, durante entrevista para o Jornal Tribuna do Planalto.

Ponto de extração de areia. Margem danificada.

segunda-feira, abril 02, 2007

ALOANDIA E EU - UM CASO DE AMOR

Paulo Castilho

Ainda me lembro como se fosse hoje, era idos de 1976. Em meus agitados dias de infância, morando na Vila Redenção em Goiânia, nem me passava pela cabeça em morar numa cidade do interior. Aliás, eu nem parava para pensar que existiam outras cidades além de Goiânia. Meus pais resolveram se mudar. O meu padrasto havia sido convidado por um primo seu para administrar uma farmácia naquela cidade.

A bela entrada da cidade. O pasto deu lugar a uma bela pracinha e uma nova vila.

Quando chegamos, o caminhão foi cercado por curiosos. Lembro-me de que quando eu descarregava minhas caixas de brinquedos, alguns meninos me acompanhavam com olhos arregalados. Eu fazia questão de deixar alguns de meus brinquedos à vista. Teve um garoto que chegou a me acompanhar até dentro da casa, onde eu já havia escolhido meu quarto. Foi fácil fazer novas amizades. A minha técnica funcionou.

Nesse ponto o coração já muda os batimentos.

Hoje dou risadas quando me lembro de um comentário de um rapaz, se não me engano se chamava Belchior (acho que ele era irmão do Manuel, goleiro do time de Aloandia nas disputas com outras cidades no futebol de salão – Ah, que partidas!!!). Ele disse, “Olha o tamanho da cabeça desse menino!”. Sim, eu tinha a cabeça desproporcional ao corpo e tinha o apelido de Cabeção.

A nova sede da prefeitura da cidade, construida onde antes era o nosso campinho de futebol.

Morávamos no Largo da Igreja, que era cercado por gueirobas, chão batido. Na época, no quarteirão existia apenas a casa da farmácia, mais duas à esquerda (na Avenida 11 de novembro) e o posto de gasolina. Na rua paralela ficava a casa do Sebastião (Prata). Era ali, no Largo, que a gente se reunia. No fundo de casa existia um velho cruzeiro de madeira. Aos pés deste cruzeiro nós fizemos nosso primeiro campinho. Eu era o dono da bola e não ficava uma só partida sem jogar, ainda mais que minha posição era no gol. A palha de arroz a gente pegava na máquina do Brás, que ficava ao lado da serraria.

Um dos meus vários amigos de Aloandia, Batista. "Doido" demais, mas gente boa.

O Largo era também o local onde a gente soltava pipas. Na época das chuvas caçávamos formigas tanajuras e besouros “rola-bosta”. Lembro-me também de que alguns adultos, que bebiam nos bares da Avenida, soltavam rojões rente ao solo. Aquilo era assustador.

O palanque de madeira, onde foram realizados os leilões das prendas, foi construido de frente à janela direita.

Foi ali, na porta da igreja, montado um palanque, onde se realizou a festa paroquial. Houve leilão de prendas. Cada casal teve que levar uma prenda, que seria vendida em leilão. Nunca vou me esquecer do frango assado que minha mãe preparou e colocou em uma cesta envolta em um plástico alaranjado. O frango foi vendido por 10 vezes o seu valor. Foi também no Largo da igreja que se realizou a primeira festa pecuária de Aloandia que tenho conhecimento. Foi montado até uma arena para realização de rodeios. Onde hoje é a casa paroquial, foi construindo um ranchão, com pista de cimento para dança. De frente ao portão lateral de nossa casa ficava uma barraquinha que vendia vasilhas de alumínio. Fornecemos energia elétrica para eles e eu ganhei um copo com o emblema do VASCO da Gama (eu guardei esse copo até pouco tempo. O emblema havia se apagado depois de centenas de lavadas).

O velho poste de concreto que ilumina a nova praça é testemunha dos tempos em que o Largo da Igreja era apenas uma grande área de terra batida.

Outra coisa que me marcou muito foi a chegada de uma família de ciganos. Eles acamparam de frente ao antigo Correio/Biblioteca. Foi ali que assisti ao filme “O Cabeleira”... só cangaceiros!!!!! Falando em Correios e Biblioteca, eu era um dos maiores usuários destes órgãos públicos em Aloandia. Eu fazia meus pedidos via Reembolso Postal e passava minhas tardes folheando bons livros. Na época existia um livro de registro na biblioteca, onde eu assinava todas as vezes. Gostaria de saber se este livro ainda está disponível.

A casa onde morei. A caixa d'água ainda é a mesma. Do seu lado existia um pé de mexerica. Suas galhas ultrapasavam o telhado da casa. Eu subia no telhado e me deitava sob suas sombras, lendo gibis e chupando mexericas, previamente descascadas e colocadas sobre a barriga.

Em casa havia um fogão a lenha, todo vermelhinho. Ali minha mãe preparava latas e mais latas de biscoito, aguardando a chegada de meu irmão e amigos, que moravam e trabalhavam em Goiânia. A viagem nunca demorava menos de 4 horas. Houve casos de meu padrasto ter que buscá-los no meio do caminho. O ônibus atolava ou quebrava.

Nos dias de sábado a cidade recebia a visita do CAMINHÃO DA COBAL, uma espécie de mercado móvel. A enorme carreta era um mini-supermercado. Os produtos eram bem baratos. Eu não passava um final de semana sem as minhas balas SOFT de frutas.

Um dos passatempos que eu mais gostava de fazer era andar de bicicleta pelas estradas vicinais da região. Perto da serra, passando pela fazenda de Manuel Fernandes (pai do Francisco e do falecido Macarrão), eu conseguia recolher várias pedrinhas de cristal quartzo.
Vi a ponte de concreto, que liga Aloandia a Morrinhos, ser construída.

Casa construida onde antes eram vendidos os pastéis do Pascata. Ponto inevitável de parada antes de entrar para a sala de aula.

Falar de minha infância aqui seria tedioso para vocês. Só tenho boas lembranças de Aloandia: o pastel do Pascata antes de entrar no colégio, as aulas de educação e física que começavam de madrugada – o professor Wilson era acordado por nós e ficava bravo, as aulas de inglês que eram ministradas, se não me engano, pelo filho do Sr. Horcalino (que tinha um armazém na esquina da rua do clube, e não me falha a memória, o nome dele era Ademir. Passamos o ano inteiro vendo verbos em inglês. Na época eu fiquei puto. Hoje, o pouco que sei de inglês - autodidata -, devo a essa maratona intensa de verbos, que facilitou muito o meu aprendizado.), as partidas de queimada, que eram disputadas entre meninos e meninas, o lanche do colégio (na época das aulas de recuperação os alunos que não haviam ficado eram convidados a irem merendar.

A rodoviária da cidade. Enquanto espalhava o concreto, de cócoras, do braço da plataforma direita, o operário foi violentamente acertado na cabeça com golpes de enxada.

Me vem à cabeça também a construção da rodoviária, quando um dos operários foi assassinado com golpes de enxada. As festas que eram promovidas no clube, as partidas de vôlei na quadra do clube, os poucos aviões que pousaram no campo de aviação (O Irapuan Costa Junior e Ary Valadão foram dois que vi ali), a construção da estrada “nova” ligando Aloandia ao trevo de Goiatuba. Tiveram que desviar o leito do ribeirão para a construção de uma nova ponte. O local tornou-se ponto de encontro da garotada. Decíamos o novo leito, que fazia zigue-zagues pelo campo e terminava em um profundo poço sob a nova ponte. Até nos aventurávamos saltando de cima da ponte.

Foi em Aloandia que vi pela primeira vez a dupla sertaneja Zazá e Zezé (depois conhecido como Zezé Di Camargo). Eles foram contratados pelo Joãozinho da Zulmira, se não me engano em campanha política. A dupla cantou na garagem de sua casa, que ficava quase de frente à farmácia, ao lado da casa do Deon. Rezende (falecido), Beto, Bentinho, Bentão, Paulo Henrique (filho do Moacir), Wander Ribeiro (falecido) Australiamarte (filho do Francisco da farmácia), Miele (falecido), Batista e Adnilson... são alguns dos amigos que ajudaram a tornar os meus dias ainda mais agradáveis.

Trinta anos se passaram. A saudade aumenta a cada dia. Acho que estou apaixonado. Vou ter que voltar a morar em Aloandia. A sensação é de que estou deslocado... fora de casa.


A primeica casa do povoado de São João. Digna de um tombamento histórico.


Para aqueles que ainda não conhecem a história oficial de ALOANDIA, a idéia do povoado surgiu em conseqüência de desentendimento na criação de um patrimônio em terrenos de propriedade de D. Maria Furtado da Silva, por iniciativa de Manoel Rodrigues da Silva.

Achando que o lugar não era próprio e que a formação do lugarejo viria prejudicar as servidões de um grande número de habitantes do local, Atanázio Ferreira da Cunha, acompanhado de José Rodrigues de Morais, Pedro Ciríaco Dias (Pedro Belo), Sebastião Martins da Silva e Geraldo Moisés, dirigiram-se para a fazenda São João e ai iniciaram um povoado a que denominaram São João.


A primeira casa construída foi a de Atanázio Ferreira da Cunha, em 8 de novembro de 1941. Daí por diante as construções sucederam-se da a exuberância e fertilidade do solo propício à lavoura. O território municipal, desmembrado do de Pontalina, foi povoado exclusivamente por nacionais. O primeiro nome do lugarejo que se iniciava foi de São João, em razão da fazenda na qual se originou. Por iniciativa de Atanázio Ferreira da Cunha, foi o nome mudado para Itambé, de origem tupi, significando despenhadeiro. O nome foi sugerido e aceito, em virtude da existência, na região, de uma queda d’água entre as serras conhecida como Itambé. Mais tarde, por influência do jornalista João G. Chaves, diretor do jornal “O Buriti”, o nome foi mudado para “Aloândia”, que segundo o referido jornalista significa “saudação à luz”.

Até 1948 a localidade constitui um povoado do Município de Pontalina. Por iniciativa de seus fundadores, tendo à frente Atanázio, a Câmara Municipal de Pontalina, pela Lei n. 7, de 11 de novembro de 1948 (por esse motivo a avenida principal da cidade se chama 11 DE NOVEMBRO), elevou o povoado à categoria de distrito, verificando-se sua instalação em 1 de janeiro de 1949, sendo o primeiro sub prefeito o Sr. Lupércio Martins Pereira. Pela Lei Estadual que tomou o n. 732, datada de 17 de junho de 1953, tornou-se município, dando-se a instalação em 1 de janeiro de 1954. Foi seu primeiro prefeito, nomeado pelo Governo Estadual, o senhor Placídio Fernandes Toledo – o primeiro prefeito eleito pelo voto popular, o senhor João Barbosa Vasconcelos.

O município de Aloândia está situado na zona fisiográfica do Meia Ponte, ao sul do Estado, sendo as suas terras banhadas a leste pelo rio Meia Ponte.

Jales e Hugo Leonardo, no trevo de Pontalina, indo para Aloandia


No final de 2006, eu, Hugo Leonardo e Jales resolvemos fazer o percurso entre Goiânia e Aloandia de bicicleta. Desde menino eu sonhava com essa aventura. O Adnilson Ribeiro, meu grande amigo e companheiro nas brincadeiras de Aloandia, dizia que seu pai havia feito viagem semelhante nos tempos que ele era um rapaz. Contava ainda que a bicicleta que o seu pai usava, uma Monark Barra Circular, havia furado o pneu e que ele havia enchido-o com algodão para completar o percurso. Depois de eu mesmo realizar a viagem de bicicleta, duvido muito que a história contada pelo Adnilson seja verdadeira. Com bicicletas bem leves e fisicamente preparados, gastamos quinze horas de viagem. Todo o trajeto é feito por asfalto, coisa que não existia na época da juventude do pai do Adnilson. A parte mais difícil da viagem foi o trecho entre Cromínia e o povoado de Paraíso. Muita subida e o cansaço já nos dominava. Saímos de Goiânia às oito da noite, chegamos em Aragoiânia as onze. Descansamos por quarenta minutos em Oloana (já era quase duas da manhã), às quatro deixávamos Crominia para trás e às sete da manhã estávamos deitando no banco da praça de Pontalina. Sob um sol escaldante, as 11 horas chegávamos em Aloandia. Uma das bicicletas ficaram na cidade. Vou ter que ir buscá-la e fazer o caminho inverso. Mas isso é assunto para um outro post.


Certa vez, em uma de minhas últimas visitas à cidade, estive conversando com uma pessoa ligada a politica local. Falei com ele sobre a possibilidade de transformar o Itambé em uma atração turistica. A minha idéia é muito básica: dentro do vale, próximo de onde a queda d'água forma um ribeirão, poderia-se fazer um serviço de terraplanagem, onde seria feito uma área para camping (um gramado onde poderia ser montadas várias barracas - cobrando-se uma pequena taxa de cada barraca, é claro -, no local funcionaria uma espécie de bar - com pista para dança, banheiros, etc . Uma estrada faria a ligação entre a cidade e a cachoeira. O amigo com quem conversei disse que isso não era possível porque o sistema de captação de água da cidade é feita daquele ribeirão. Acredito que esse pensamento seja errado. Soluções podem ser pensadas. A geração de renda com o turismo melhoraria as condições de vida da população local. Captação de água pode ser feita de outros ribeirões, ou até mesmo de poços artesianos. Vale lembrar que a captação de água de Goiânia é feita de duas fontes bastante poluídas: o córrego João Leite e Rio Meia Ponte.

Antiga turbina que ficava na antiga usina de energia elétrica do Itambé.

O que não se pode é ficar sentado esperando dinheiro dos cofres estaduais. Municipios que não geram lucros, acabam gerando despesas para o estado. Li certa vez que uma das fontes de renda do municipio de Aloandia é o minério "TALCO". Gostaria de saber, se alguém puder me informar, onde fica a jazida de Aloandia. Nunca vi um só caminhão carregado com tal minerio.

Espero que não me entendam mal. Não estou criticando, apenas dando idéias e tirando alguma dúvidas. Alguém tem alguma coisa a dizer?

Para encerrar, gostaria de receber fotografias antigas de Aloandia para futuros artigos. Parentes dos fundadores poderiam nos ceder material para postagem em nosso blog (as fotografias podem ser escaneadas). Procuro também por mais informações sobre a antiga usina que funcionava no Itambé. Toda e qualquer história sobre Aloandia é bem vinda. Conto com a colaboração dos moradores.

Mensagens e comentários são bem vindos. O meu e-mail é hqpoint@hotmail.com

Paulo Castilho

MINHA FAMILIA
Abadio Alves dos Santos, o Abadio da farmácia, meu padrasto, em fotogrfia usada na época de sua candidatura a prefeito da cidade (Ele perdeu!!!!)
Minha mãe, Shirley.

Eu e minha esposa, Eliete.
Minha filha de 10 anos, Ana Paula.A mais nova (4 meses) Ana Clara.

A GALERA DOS ANOS 80Claudinha, Selma e Juju
Darquinha
Dindinha e Eu
Marineide
Marta, filha do Nêgo da Brazilina
Selma, Eu e Adnilson, ao lado do Armazém Ribeiro.
Rosangela, neta da Dona Nenê.
Juju (novamente), Desconhecida e India (que na época namorava com o Miele, irmão do Batista).Eu, "Seu Inhô", Dona Nenê e minha mãe, Shirley.Foto clássica: Falcon (embaixo, o boneco), Eu, Adnilson e meu primo, Carlinho. Foto tirada do lado da fármácia.